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  • Foto do escritorrodolfominari

QUILOMBO

Senzala

Quilombo

Favela

Às margens do mundo eu teci meu caminho

Andando sozinho em estreitas vielas

Enquanto você veio nas caravelas

Cheguei no porão escuro de um navio

Aportei sem razão e não tenho lugar

Minha brincadeira é crime

Pecado, a minha fé

O pão que o diabo tentou amassar

Eu cobri com as mãos

Reparti entre os meus

Fiz do medo canção

E da fome motivo

Entendi que estou vivo

Onde quer que eu esteja

Um dia é derrubada a cela

Um dia entraremos na sala

Favela

Quilombo

Senzala

Se eu pudesse ver o mundo

Com dedos e olhos em oração

Saía logo da janela

Fugia na minha jangada

Achava a chave do deserto

Entrava no lugar sagrado

Cantava a terra, o sol, a lua

Dançava com meus ancestrais

Florestas

Chapadas

Gerais

Foi bom te conhecer

Lindo país

Em suas lindas praias

Fui feliz

Foi bom te conhecer

Lindo país

Em suas verdes matas

Fui feliz

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