O meu boi morreu
Sabiá chorou, chorou
Laranjeira tremeu
Batalhão levantou
Na beirada eu cantei
Um rosário de prendas
O contrário gemeu
Evitou a contenda
Que um homem sem boi
É um baú de poesia
Irradia magia, clareza
E valor
Sabiá já parou de chorar
Tanto bem que eu cantei
E você vai chorar, morena?
Vou chamar nosso Rei
Quando o touro voltar
Sabiá vai cantar
Outra vez
Todo ano Nas fontes do Rio Nhamundá Na serra Yaci-taperê As Icamiabas louvavam Yaci Na festa de Yacinará Dormiam com os Guacaris Depois mergulhavam em Yaci-uaruá Voltavam com barro sagrado Amuleto esv
Dentro de ti Brilha um sol Deixa sair Sejas tu um farol E os que andam perdidos Na escuridão Acharão seu caminho Seguindo o clarão
Lembra de onde vens E que és pó das estrelas Lembra pra onde vais Dançar em outras esferas Enquanto isso, é preciso sorrir Plantar alguma beleza E se o mundo ficar contra ti Lembrar da tua essência Nu